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Existe crítica construtiva?

Crítica vem do grego ckritike, que quer dizer "apreciação minuciosa". Significa processo de purificação. Dizem os entendidos que a palavra origina-se na prática de purificar o ouro: trata-se de derreter (destruir) o minério bruto e natural, a fim de retirar suas impurezas, para aproveitar somente à parte purificada, para que o minério adquira valor.

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Crítica vem do grego ckritike, que quer dizer "apreciação minuciosa". Significa processo de purificação. Dizem os entendidos que a palavra origina-se na prática de purificar o ouro: trata-se de derreter (destruir) o minério bruto e natural, a fim de retirar suas impurezas, para aproveitar somente à parte purificada, para que o minério adquira valor.
Por isso, aprendemos desde cedo a rejeitar a palavra crítica, entendendo-a de como uma expressão negativa.

Existem dois tipos de críticas: aquelas que todos estamos acostumados a associar a algo negativo, chamadas de "críticas destrutivas"; e as que têm como objetivo, encorajar a pessoa a melhorar, reforçar e desenvolver aptidões, a esta critica chamamos de crítica construtiva ou "feedback".

Uma das funções mais exercitadas na vida de qualquer ser humano é a crítica. Cultivamos o hábito de apontar erros, enxergar falhas, descobrir defeitos. Observando o gesto correspondente à crítica (um dedo apontado para frente e três em nossa direção), é importante notar que ele nos orienta para a autocrítica.

A crítica nunca é bem recebida, nunca é bem aceita porque o nosso ângulo de tolerância é muito reduzido, é muito escasso, o que nos faz discordar na maioria das vezes da opinião do outro, a nossa opinião sempre é a mais certa, é a mais lógica, é a mais inteligente. Quanta pretensão!

Devemos aprender a tirar a carapuça de eterna vítima injustiçada e alem de aceitar, compreender a crítica, que pode ser extremamente construtiva tanto para o lado pessoal quanto profissional.

Em minha opinião o grande problema não é a critica propriamente dita, mas "quem" a está fazendo e a tônica que está sendo utilizada.

Existem momentos certos para se fazer uma critica, e no calor do expediente ou da situação com certeza não é um deles. Já não é fácil fazer críticas construtivas, imagine quando estamos intoxicados emocionalmente pela pressão diária por resultados e perfeição. Neste ambiente toda a forma de critica se torna destrutiva, e acaba se transformando numa forma de bronca.

A crítica construtiva se caracteriza por apresentar o lado positivo, deve funcionar como uma alavanca para o desenvolvimento da outra pessoa e não simplesmente falar mal do trabalho ou da atitude do outro. A critica deve ser uma ferramenta de desenvolvimento e não de punição. A pessoa deve perceber que a critica tem fundamento e lhe ajudará em seu desenvolvimento pessoal ou profissional e não está sendo utilizada como ferramenta de manipulação e poder.

A crítica construtiva deve sempre deixar uma sensação de euforia e vontade de se reinventar, acertar aquelas arestas que ainda denunciam algumas imperfeições. Faz com que agradeçamos aquela pessoa que nos abriu os olhos contribuindo para o nosso sucesso, de forma desprendida e desinteressada.

Já a crítica destrutiva, é amarga, descortina medos e anseios pessoais, pode deixar seqüelas psicológicas nós faz sentir envergonhados por tentarmos fazer qualquer coisa de útil. A crítica destrutiva congela futuras pretensões de fazer a diferença. Nos torna medíocres e temerosos.

Uma critica nunca deve humilhar ou abalar a auto-estima de alguém, pois ninguém que se julga um incompetente traz retorno.